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ASSOCIAÇÃO CRICIUMENSE DE APOIO A SAÚDE MENTAL

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O que você tem hoje?

O que é de fato significativo? O filho que muitas vezes não limpa o quarto e fica vendo televisão, significa que está em casa! A desordem que tenho que limpar depois de uma festa, significa que estivemos rodeados de familiares e amigos! As roupas que estão apertadas significa que tenho mais do que o suficiente para comer! O trabalho que tenho em limpar a casa significa que tenho uma casa! As queixas que escuto acerca do governo, significa que tenho liberdade de expressão! Não encontro estacionamento, significa que tenho carro! Os gritos das crianças significa que posso ouvir! O cansaço no final do dia significa que tenho saúde e posso trabalhar! O despertador que me acorda todas as manhãs significa que estou vivo! Finalmente pela quantidade de mensagens que recebo, significa que tenho amigos pensando em mim! (autor desconhecido)

São momentos assim que nos levam a refletir sobre a vida, sobre nós mesmos e sobre o que temos. Mas porque no dia a dia é tão difícil pensar assim? Porque queremos sempre mais? Porque nos queixamos tanto das dificuldades? Porque não conseguimos olhar para o que temos hoje? Por que parece estar faltando alguma coisa sempre? A resposta talvez seja simples ou muito complexa, vai depender da disposição em aceitar os fatos que cada um de nós tem.

Vivemos na era da informação, das pressões, dos resultados, das grandes conquistas, do ter, em vez de ser. Gestos simples como ceder o lugar para os mais velhos, ajudar a quem precisa ou devolver algo que não é seu, às vezes vira manchete de jornal, quando deveria ser comum e corriqueiro.

Não é difícil ouvir na prática clínica queixas sobre um vazio que não se sabe do que, sobre como tudo parece dar certo para as outras pessoas. O descontentamento com tudo e com o mundo parece-me às vezes como um aditivo de fábrica, vem no pacote, pois todos têm algo a queixar ou a desejar, por vezes até a invejar.

O fato é que realmente não paramos para pensar sobre o que de fato queremos para nossa vida, nem para quando e tão pouco o porquê dos nossos desejos. Sendo assim o convido a questionar-se sobre o que quer para a sua vida e a avaliar o que tem, tanto material, quanto emocionalmente. Por isso faço-lhes um desafio, pergunte ao seu pai ou sua mãe, quem sabe até seus avós: o que eles tinham quando na mesma idade que você?

Posso garantir que muitos se quer terminaram o ensino fundamental, ou usaram roupas de marca, é possível que eles pegaram na enxada, trabalharam duro de sol a sol para você ter mais oportunidades e melhores condições.

A vida não deve ser um eterno desejar o impossível e sim conquistar aquilo que lhe faz bem. Se a convivência em família está difícil, busque o diálogo para melhorar a relação, se o trabalho está lhe angustiando, avalie sua postura e seu desejo de continuar. Olhe sua vida com outros olhos e não se queixe tanto! Mude o seu jeito de ver as coisas e seja mais Feliz! Agradeça pelo que você tem, pela sua vida, amigos e família!

 

 

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